quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

POR QUE EXISTEM EMPRESAS QUE NÃO PROGRIDEM?

Empreendedor: planejar e conhecer o negócio a investir é a chave do sucesso
Diminui número de empresas que fecham antes de completar 1 ano

O monitoramento do índice de sobrevivência e mortalidade das empresas em São Paulo, feito pelo Sebrae-SP, revela que a taxa de fechamento de firmas no primeiro ano de existência caiu, em 2010, de 35% para 27%, em relação a 2005. Apesar da redução, este patamar ainda é considerado alto. Outro levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, em 2007, de cada 100 empresas abertas no País, 24 encerraram suas atividades nos primeiros 12 meses.

De acordo com o economista e consultor empresarial Emerson Castello Branco, o brasileiro até se prepara para abrir o próprio negócio, porém, não completamente. “Faltam projetos consistentes e mais embasamento técnico. Normalmente, vai mais na expectativa e no fato de ouvir dizer que é um bom negócio do que num estudo concreto e com conhecimento sobre o assunto. Sem falar que se preocupa muito pouco com os aspectos legais e administrativos”, explica.

Segundo o IBGE, o segmento de educação concentra as iniciativas que mais sobrevivem após 1 ano de atividade (81,1%). Em segundo lugar aparecem as empresas do setor de artes, cultura e esportes (80,9%), sendo seguidas pelas de eletricidade e gás (79,3%). Os empreendimentos que mais fecham no primeiro ano estão situados no setor de comércio (73,1%), seguido por ramo imobiliário (72,6%), indústria extrativa (71,9%) e indústria de transformação (71,8%).

Quem vai abrir um negócio precisa dominar cada etapa do processo, da produção até os detalhes gerenciais. É fundamental criar um plano de ação, abrangendo todos os custos. “Quando um quarto dos negócios que são abertos no Brasil fecha antes de completar 1 ano, isso não pode ser considerado normal. Quando um em cada quatro empresários quebra antes de completar 12 meses, há um erro muito grande na hora da abertura. O maior problema é não fazer um planejamento da empresa. Nesse processo devem constar o investimento, o capital de giro e uma projeção de receitas e despesas”, aponta Emerson.

O empreendedor deve ter uma boa saúde financeira para sobreviver enquanto o seu negócio não se sustenta. “É aconselhável que se tenha capital suficiente para se abrir uma empresa, caso contrário, a firma já nasce devedora e terá uma conta a mais para pagar. Contudo, não ter o dinheiro suficiente não é um fator impeditivo. Pode-se fazer um empréstimo para esta iniciativa, porém, deve-se procurar as melhores taxas, com os melhores prazos de pagamento”, acrescenta o consultor. É sempre bom destacar que o financiamento fará parte das despesas mensais da empresa ou do próprio empreendedor.

Um acompanhamento do Sebrae constatou que a idade média dos empreendedores que iniciam um negócio no Brasil é de 37 anos.

Por David Telles - davidtelles@arcauniversal.com
Agência Unipress Internacional - http://www.arcauniversal.com/

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