domingo, 2 de janeiro de 2011

COMO CONSEGUIR UMA PROMOÇÃO NO TRABALHO

Alcançar as tão sonhadas ascensões na hierarquia da empresa - ou seja, uma promoção - não é tarefa fácil.

Promoção no trabalho

Promoção depende de esforço e de a pessoa mostrar que possui perfil condizente com a filosofia da empresa, diz especialista.

Existem alguns comportamentos que podem fazer com que a já evidente promoção no trabalho não aconteça. Muitas vezes, a culpa é do próprio profissional, que se autoboicota, de acordo com a professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) e especialista em comportamento corporativo, Daniela do Lago.

"A promoção depende muito do próprio esforço, mas muito mais de a pessoa mostrar que possui um perfil condizente com a filosofia da empresa em que atua", afirma. "Nem sempre a pessoa que mais faz horas extras, por exemplo, é a que traz mais resultados para empresa. Na tentativa de se mostrar esforçado e comprometido com o trabalho, o profissional pode estar sendo visto como desorganizado e lento", alerta.

Comportamentos para serem evitados

Confira, abaixo, quais comportamentos que devem ser evitados, para que o profissional consiga a promoção:

As gafes no ambiente corporativo vão desde o excesso de bajulação até a falta de jogo de cintura entre colegas. As atitudes mais valorizadas variam em cada empresa, mas de forma geral são cinco os comportamentos prejudiciais:

Complexo de hora extra

Foi-se o tempo em que a qualidade do trabalho era medida pelo tempo gasto com os assuntos da empresa. Trabalhar até mais tarde e levar trabalho para casa, ao contrário do que se pensa, são sintomas de um funcionário contraproducente, incapaz de organizar o próprio tempo e executar suas atividades focado nos resultados. De acordo com Daniela, o importante é gerar resultados positivos. "Ocupação não significa eficiência. O que vale são os resultados. Se um funcionário trouxer resultados positivos para a empresa, a probabilidade de conseguir uma promoção é grande. Afinal, todos estarão vendo seus resultados", afirma.

Excesso de bajulação

Há muito tempo uma figura se faz presente no mundo corporativo: o puxa-saco. Não há quem trabalhe e não conte uma história que envolva um bajulador. Daniela adverte: "Nem sempre a bajulação é algo positivo. Pelo contrário. Com o decorrer do tempo, as pessoas não vão querer mais a opinião deste bajulador, por julgar que o mesmo não tem senso crítico e, por isso, sua opinião não deve ser levada em consideração".

Timidez exagerada

A timidez, por si só, não é problema e, definitivamente, não interfere na eficiência de um profissional. Entretanto, é necessário se atentar aos excessos. "A timidez não pode ser uma barreira na comunicação de resultados. Caso contrário, pode interferir na caminhada em busca do sucesso", salienta a especialista. A dica é combater a timidez com a autoconfiança: "Pessoas autoconfiantes encontram mais facilidade no mundo corporativo. Geralmente elas sabem o que querem e vão em busca de seus objetivos".

Ser sempre do contra

Engana-se quem acredita ser um pecado discordar das ideias dos chefes. Segundo Daniela, ideias novas sempre serão bem-vindas. "É muito importante termos opiniões diferentes e feliz é o chefe que tem uma equipe que discorda dele. Afinal, somente com pontos de vista diferentes é que conseguimos enxergar a melhor alternativa", esclarece a professora da FGV.

Divergir, no entanto, é algo que pede equilíbrio e senso crítico. Discordar é diferente de ser sempre do contra, sendo que o primeiro caso exige conhecimento e boa argumentação. A especialista ainda cita um exemplo de peso: "Na Google, o funcionário é obrigado a discordar com o chefe em uma reunião, com o objetivo de se alcançar a melhor solução para um problema". Mais uma vez, a ponderação precisa ser observada. Discordar não significa entrar em conflitos desnecessários.

Não saber se planejar

O planejamento é imprescindível para quem almeja sucesso - a ascensão profissional necessita de organização e comprometimento. Não adianta simplesmente desejar ser promovido, é preciso planejar como isto será possível. Um planejamento bem feito inclui identificar pontos fracos para, então, trabalhar mudanças, e também identificar pontos fortes para saber se posicionar em oportunidades em que obterá valorização.


Daniela do Lago.
(Fundação Getulio Vargas)

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