quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

OPORTUNIDADE À VISTA!


1 - Ninguém é perfeito, mesmo

A perfeição é uma mira inalcançável. Não há como acertá-la em cheio, por mais que o resultado obtido por meio do trabalho seja o melhor possível. A pessoa fixada no perfeito acaba desenvolvendo critérios que podem enclausurá-la em uma masmorra cercada por autocríticas duríssimas e fora de uma realidade pertinente. É de bom tom saber reconhecer limitações diante das nossas habilidades. Uma boa técnica é fruto da sucessão não somente de acertos, mas de erros também, uma vez que por exclusão, sabemos o que não deve acontecer da próxima vez que realizarmos determinada tarefa. Ao exercer qualquer ofício, o indivíduo está desenhando a forma de suas habilidades para depois usá-las como molde.

Dessa forma, o trabalho bem feito (redondo, como se costuma dizer) não é um produto instantâneo ou automático, faz parte de um processo em que a perfeição pode ser, no máximo, um mito norteador. Portanto, tome cuidado para não criticar-se gratuitamente. A simples noção de que desconhecemos algo, mas que temos de aprendê-lo, é um pensamento importante para o trabalho bem feito e de qualidade.

2 - Uma pessoa com sal

Ao querer agradar muitas pessoas, corre-se o risco de ser esquecido, e o pior: esquecido de si mesmo. Posicionar-se quanto a algumas questões é fundamental para livrar-se da insegurança e manter-se independente. Muitos temem por não serem queridos ao expor sua visão das coisas, porém, é imprescindível que se pense no que queremos da vida. Em nossos trabalhos nos fazem exigências sobre as quais, em certos momentos, uma autoavaliação é importante.

Questionar-se sobre aonde se quer chegar e como se quer é de extrema necessidade para conseguir satisfação pessoal e profissional. Tomar um caminho diante de uma exigência não é fácil, sabemos. Contudo, definir o que se deseja a partir do que se acredita é um processo inevitável.

Não podemos abdicar de nossas crenças, ainda que não possamos ferir as dos outros, e por isso a importância do diálogo, do “expor-se” quando necessário. Até que ponto ir quando nos é apresentada uma situação de embate na carreira ou até mesmo na vida? O primeiro passo para responder essa indagação é questionar-se.

3 - Informação x conhecimento

Hoje vivemos na era da informação, rápida e acessível. Somos bombardeados por todos os lados, direções, sentidos. Mas, ainda assim, somos mais competentes por termos ao nosso alcance esse fluxo infindo e disponível de informações? Não. Existe um equívoco no tocante à informação e ao conhecimento. Os que se abastecem da primeira não serão necessariamente mais competentes que aqueles que preservam a segunda. O conhecimento é “ o que fazer com a informação”, e aqui reside um diferencial estratégico para quem só está em posse dela: produção. Só produz bem e de modo certeiro aquele que sabe como manipular a informação, cruzando-a com outros dados, compartilhando-a com outras pessoas.

O bom profissional é aquele que não encerra uma boa informação consigo, mas que abre-a para discussão, que a solta para que muitos outros possam trabalhá-la. A isso chamamos de conhecimento. É a percepção de como atuar a partir de um fato, de uma proposta, é criar para que outros possam criar muito mais.

4 - Quem não arrisca...

Por algum trauma ou por questões de criação familiar, certas pessoas possuem alguma dificuldade em confiar no outro. O resultado desse tipo de comportamento pode ser catastrófico para qualquer pessoa, afinal, a vida se faz em sociedade, no encarar, no enfrentar, no ajudar. Qualquer um que não se relaciona com o outro por medos antecipados se torna uma pessoa sem a capacidade do convívio, e é esse do qual tiraremos a lições mais caras. Há quem já entre armado em uma relação, prevendo traições e conspirações.

Construir relacionamentos dentro do trabalho é de grande importância para construir carreiras bem fundamentadas e reconhecidas. Aquele que não se ocupa em manter laços profissionais por medos ou pré-julgamentos está sujeito a estagnar na carreira, e se esse tipo de atitude é recorrente também na esfera pessoal, a vida estaciona e não é possível enxergar perspectivas. Estamos aqui para comunicar, para fazer acontecer. Arrisque-se nas relações, cultive muitas outras. É assim que se progride.

5 - Parabéns! Você foi promovido!

Outro fator curioso, porém não menos triste, da estagnação profissional é quando o indivíduo não aceita uma promoção no trabalho. Ele acredita não ser capaz! Isso nada mais é do que medo. Já pensou se a gazela deixasse de pastar por medo do leão? Ela morreria de fome, teria antecipado sua morte gratuitamente, sem ao menos ter tentado! Se o leão está por perto, a gazela corre para não ser pega, a natureza a ensinou a agir. É preciso garra, é preciso arriscar. A diferença entre a selva e o trabalho é que mesmo com o vacilo, que custaria à gazela a vida, sempre podemos recomeçar sabendo no que não devemos quando nos promovem, devemos celebrar e não temer.

Nenhum superior com maior responsabilidade, se não confiasse em seu funcionário. Aceitar novos desafios no trabalho a melhor forma de se crescer como profi ssional, livrando-se do velho e do defasado. Precisamos de novas expedições, de novas tentativas. É assim que se constrói o equilíbrio, é assim que prosperamos no trabalho e na vida.

Por William Woo
Fonte: Revista Mulher Executiva/ed.6

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